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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dai a Deus o que é de Deus

Um dos mais conhecidos episódios na vida de Jesus foi quando ele questionado sobre o pagamento de tributos (Lucas 20.21-26 – e nos textos equivalentes de Mateus 22 e Marcos 12). A conclusão de Jesus nesta passagem é uma de suas frases mais conhecidas. E contida nesta mesma expressão está uma das mais valiosas reflexões provocadas pelo Mestre, como veremos a seguir.

Observe que a pergunta que havia sido feita a Ele, foi, objetivamente: “É lícito pagar o tributo a César ou não?” (v. 22)

Mas Jesus percebeu a malícia deles. Já havia acontecido outras vezes, em vários lugares. Os fariseus, líderes religiosos da época, viviam tentando fazer Jesus tropeçar ou cair em contradição. Uma das táticas mais ardilosas deles era a de fazer perguntas dúbias para Jesus, ou seja, perguntas para as quais supostamente qualquer resposta faria Jesus se contradizer, dar “motivo” para acusações ou algo parecido. Muitas vezes isso era feito através da infiltração de pessoas no meio dos seguidores de Jesus (veja no v. 20).

Neste caso, se Jesus respondesse que sim, os fariseus provavelmente o questionariam sobre o pagamento dos seus próprios tributos e de seus discípulos (algo que já havia acontecido em Mateus 17.24). E se ele respondesse que não, provavelmente o acusariam de insubordinação a César.

Mas Jesus foi além da pergunta que havia sido feita, como era de seu costume. Ele pede para ver uma moeda e pergunta: “De quem é essa imagem e inscrição?” (v.24). A resposta é óbvia e automática, pois aquela era a imagem do próprio César. E depois que eles respondem isso a Jesus, vem a mais contundente das afirmações: “Então, dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (v.25)

Há aqui um detalhe que às vezes não percebemos, mas temos razões para crer que os fariseus perceberam. A expressão “então” (ou “dai, pois” em algumas versões) denota uma consequência. Logo, Jesus está estabelecendo uma ligação entre a imagem e o direito de posse. É como se Ele estivesse dizendo algo como: “Já que essa imagem é de Cesar, deem isso para César; e para Deus vocês deem o que é de Deus, ou seja, aquilo que tem a imagem de Deus”.

Perceba que Jesus mudou radicalmente o foco da conversa. Agora o foco não está mais no que deve ser dado a César, mas no que deve ser dado a Deus. A resposta que faz todos se maravilharem e se calarem (v. 26) não é mais sobre tributos, mas sim sobre vida com Deus.

Os fariseus, como mestres da Lei, conheciam as escrituras de Gênesis que dizem que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26 e 5.1). Os fariseus sabiam o que Jesus estava querendo dizer para eles com a expressão do v. 25. Em outras palavras, Jesus estava implicitamente dizendo: “Você foram feitos a imagem de Deus, então se deem para Ele, assim como a moeda que tem a imagem de César e pertence a Cesar deve ser dada a ele!”

Além de associar a imagem com o direito de posse, Jesus também deixa claro que o bem possuído precisa ser entregue ao seu dono para que este possa usufruir daquilo que por direito lhe pertence! Ou seja: a moeda que tinha a imagem de César era de César por direito, mas só passaria a ser de César de fato a partir do momento que fosse entregue para ele (no caso, na forma de tributo). Da mesma forma, fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Pertencemos a Deus por direito, mas devemos nos entregar a Ele para sermos dele de fato!

Sabemos o fim da história. Jesus jamais foi apanhado em uma contradição ou falta (v. 26). Seus acusadores provavelmente entenderam e até refletiram, mas desperdiçaram a oportunidade de sondarem seus corações e de se entregarem para Deus.

Que neste dia possamos fazer diferente para fazer a diferença: que nos rendamos a Deus, que permitamos que Ele seja de fato Senhor das nossas vidas. Que o Senhor nos capacite a diariamente darmos a Deus o que é de Deus, ou seja: nós mesmos!

E que assim vivamos como um povo que exala o amor (João 13.35) e selado pelo Espírito Santo da promessa (Efésios 1.13) – pois essas são as características de um povo que leva a imagem e a inscrição do Senhor!

Que Deus nos abençoe,

::Helder Assis

Integrante do Ministério Sacrifício Vivo ( www.sacrificiovivo.com ) e membro da Igreja Evangélica Capela do Calvário
e-mail: helder@sacrificiovivo.com

Fonte: Portal Lagoinha

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